CRÔNICA - PISEI NA BOLA !

por Tais Luso de Carvalho
Ninguém está livre de cometer algumas gafes; e quando cometemos temos duas saídas: rir ou chorar. Eu nunca chorei, muito pelo contrário, fico pior. Não paro de rir. Tenho consciência de que tenho alguma ‘falha’ nisso.
Mas esse é o nosso perfil: não somos durinhos de cintura; temos samba no pé, uma coisa muito nossa que nos diferencia dos outros povos. Não levamos muito a sério certas etiquetas e protocolos que a sociedade muitas vezes impõe. Quando a coisa é demais, levamos para o lado da piada. Já notaram como fica simpático quando um chefe de Estado quebra as regras de um protocolo? Por que será que gostamos tanto disso? É que no fundo todos gostam da simplicidade; ninguém agüenta muita pompa, porque na verdade, tudo que é demais soa falso. No fundo, todos nós fazemos as mesmas coisas.
Aquela mosca que Obama matou - com um sopapo -, rendeu matéria no mundo inteiro. Quem não mata um bicho desses? Quem não faz um auê com uma barata? Mas também não quero dizer que devemos sair por aí aprontando feito louco.
Ontem eu aprontei, cometi um deslize: sabem, aquele ataque de riso, aquela coisa meio histérica que acontece quando cometemos uma gafe? Pois é, eu pisei na bola. E não consegui parar de rir, e tratei de passar a ‘batata quente’ pro meu marido.
Fui dar um telefonema de felicitações à minha comadre. E perguntei quantos aninhos ela estava fazendo... A coisa já começou mal; essa pergunta não se faz.
Disse-me:
- (...)
- Ops... Mas você está enxuta!
E comecei a rir; foi um elogio infeliz, como se a criatura estivesse despencando. Ela está ótima.
Ninguém está livre de cometer algumas gafes; e quando cometemos temos duas saídas: rir ou chorar. Eu nunca chorei, muito pelo contrário, fico pior. Não paro de rir. Tenho consciência de que tenho alguma ‘falha’ nisso.
Mas esse é o nosso perfil: não somos durinhos de cintura; temos samba no pé, uma coisa muito nossa que nos diferencia dos outros povos. Não levamos muito a sério certas etiquetas e protocolos que a sociedade muitas vezes impõe. Quando a coisa é demais, levamos para o lado da piada. Já notaram como fica simpático quando um chefe de Estado quebra as regras de um protocolo? Por que será que gostamos tanto disso? É que no fundo todos gostam da simplicidade; ninguém agüenta muita pompa, porque na verdade, tudo que é demais soa falso. No fundo, todos nós fazemos as mesmas coisas.
Aquela mosca que Obama matou - com um sopapo -, rendeu matéria no mundo inteiro. Quem não mata um bicho desses? Quem não faz um auê com uma barata? Mas também não quero dizer que devemos sair por aí aprontando feito louco.
Ontem eu aprontei, cometi um deslize: sabem, aquele ataque de riso, aquela coisa meio histérica que acontece quando cometemos uma gafe? Pois é, eu pisei na bola. E não consegui parar de rir, e tratei de passar a ‘batata quente’ pro meu marido.
Fui dar um telefonema de felicitações à minha comadre. E perguntei quantos aninhos ela estava fazendo... A coisa já começou mal; essa pergunta não se faz.
Disse-me:
- (...)
- Ops... Mas você está enxuta!
E comecei a rir; foi um elogio infeliz, como se a criatura estivesse despencando. Ela está ótima.
Mas não parei por aí...
Olha - disse eu - se você precisar de uma dentista, que arranque dente, descobri uma que é show de bola! Fala comigo, é di-vi-na! Uma mão de anjo!
- Mas PÔ!!! Tô fazendo aniversário e você vem me dando nome de dentista pra arrancar dente!!! PÔ!!!!!
- Não... Péra, eu quis dizer caso você venha a precisar! Mais adiante, bem mais...
Vi que o negócio ficou pior e não tinha arrumação, e comecei a rir sem conseguir parar, pois vi a ‘mancada’ horrorosa que dei.
Minha intenção era dizer que nunca tinha encontrado uma dentista tão boa! Só que disse na hora errada e na data errada. E passei o telefone para o Pedro.
- PÔ, Pedro, a sua mulher está com algum problema? Tô de aniversário e ela fala em arrancar meus dentes!
Olha - disse eu - se você precisar de uma dentista, que arranque dente, descobri uma que é show de bola! Fala comigo, é di-vi-na! Uma mão de anjo!
- Mas PÔ!!! Tô fazendo aniversário e você vem me dando nome de dentista pra arrancar dente!!! PÔ!!!!!
- Não... Péra, eu quis dizer caso você venha a precisar! Mais adiante, bem mais...
Vi que o negócio ficou pior e não tinha arrumação, e comecei a rir sem conseguir parar, pois vi a ‘mancada’ horrorosa que dei.
Minha intenção era dizer que nunca tinha encontrado uma dentista tão boa! Só que disse na hora errada e na data errada. E passei o telefone para o Pedro.
- PÔ, Pedro, a sua mulher está com algum problema? Tô de aniversário e ela fala em arrancar meus dentes!
Não havia mais nada a fazer com aquele episódio dramático... Ele apenas disse que eu estava com muita dor de cabeça.
- Mas... O que tem uma coisa com a outra? Perguntou ela.
- Pois é, também não sei! Quando ela está com dor de cabeça acontece isso...
E eu rindo sem parar da embrulhada que fiz; a comadre é tri de vaidosa!
Mas levei uma lição: parabéns é uma coisa que se deve dar e sair correndo. Sem muito papo. Não temos muito a acrescentar por 40 anos afora. Ainda não inventaram coisa mais criativa do que desejar saúde e dinheiro.
Desculpe essa, comadre, sei que você vai ler essa crônica, mas o que importa é que lhe quero muito bem: estou me penitenciando publicamente. Vamos guardar essa no 'Diário da Família'.
Beijão.

Contato: taisluso@hotmail.com
BLOG - PORTO DAS CRÔNICAS
http://taisluso.blogspot.com
Beijão.

Taís Luso de Carvalho
PORTO DAS CRÔNICAS
Gaúcha de Porto Alegre - RS
Artista Plástica e Crônista
É colunista da Revista Dartis
Para o ArtWork Brasil - Notícia
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