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artista plastica/escultora.poeta.facilitadora em vivências.arte& terapias integrativas.

22 de março de 2009

Poesia - O Mito de Eco



autora Ibernise Maria M. Silva. Indiara

Eco, uma Ninfa da mitologia grega,
Se anulava ante Narciso. Amante...
Era feliz, jovem de rara beleza,
Gostava de bosques e montes.

O defeito de Eco era falar, falar...
Nas suas conversas, Juno distraiu.
Esta, ia surpreender em seu lar,
O marido em traição. Tudo ruiu...

Juno, com Eco, ficou zangada:
Repetirás as últimas palavras!
Rogou-lhe esta terrível praga...
Eco repetia o que pronunciavam.

Apaixonou-se pelo joven Narciso
Diante do príncipe, Eco emudecia...
Triste, foi para os montes sem aviso,
E se alguém gritava Eco repetia...



A perda de identidade e expectativas faz o ser desmoronar.
A anulação do individuo é o primeiro passo para a depressão e a morte. Eco começou a morrer antes de fugir para as montanhas... Começou a morrer quando perdeu a capacidade de expressar-se.
O futuro de Eco é a morte, tal como na mitologia.
Existe no mundo um número muito grande de "Ecos".
Para que elas existam é preciso que haja muitos "Narcisos".
Este são apaixonados por si mesmos, não enxergam nada além... São herméticos aos sentimentos e necessidades alheias.
Estar atento a estas personagens pode ajudar a sair de muitas “caixas”, de muitas limitações auto impostas...


Poema e excerto inéditos!
Núcleo Temático Filosófico.
Ibernise Maria M. Silva. Indiara (GO), 17.05.2007.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.

Fonte
:ibernisemaria.prosaeverso.net