Rosas, Lótus e outras Flores

Conta-se que ao deixar sua jovem esposa adormecida Yashodara para trilhar seu caminho em busca da iluminação e do nirvana, Sidarta teria deixado ao seu lado uma braçada de lírios.
Yashodara mandou bordar então um lírio em todas as suas vestes, simbolizando sua lealdade ao marido ausente. Em toda a Ásia, o lírio representa pureza e inocência, e estampas que trazem essa flor são muito usadas em casamentos e nascimentos. Foi também um lírio, segundo a lenda, que um anjo entregou à Clovis, rei dos francos, quando esse adotou o cristianismo, e essa flor passou a adornar os escudos francos. Luis VIII adotou a "fleur-de-lis" como simbolizando os ideais das cruzadas: a fé, a sabedoria e o valor, suas três pétalas, que também homenageava a Santíssima Trindade. Esse emblema floral tem origens antiquíssimas e de significados vários, mas foram os franceses que se apoderaram dele e transformaram-no em seu brasão.
Escudo com Flor de Lis e flor de lótus
As flores estão presentes nos desenhos do homem desde a pré-história। No Egito dinástico as flores tinham significados religiosos e sociais, sendo que o lótus simbolizava o próprio Egito, oferenda do Nilo, e a divindade faraônica. Durante a Idade Média a rosa foi símbolo do conhecimento, sendo usada a expressão "o nome da rosa" significando o infinito poder das palavras. A forma rosácea é elemento importante na arte e arquitetura românica religiosa. Em Bizâncio o gladíolo, ou palma sarracena, representava a força do Império Romano cristão.

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