Poesia - Molhada de chuva
autora Vera Martins Itajaí
Vou caminhando nesta noite de chuva
Esperando que ela passe bem longe de mim
E vai chegando mais forte, corro pensando fugir
Mas decidi vou ficar, não quero me proteger
Me entrego inteira pra essa chuva que lava
Limpando minha alma contida atrás da porta
Das portas que parti refleti sentimentos feridos
Essa chuva choro do meu peito que grita
Eu chorei dessa água que só do céu não caía
Dos meus olhos jorravam sentimentos vazios
Dos laços quebrados do amor que nunca acaba -maságua
Apagando a fogueira da brincadeira gostosa que era
Que sentimentos são esses que guardava/escondia?
Nem podia imaginar que era tudo tão sério - parti
Guardando o amor pra mais tarde conversar - abraçar
Mas no abraço do peito não dei do leite do afeto
Chorei o amor partido no meio do leito molhado
Que chuva torrente de amor muito quente e - agora ausente
Também pega a gente querendo brincar de amar
Caminhando na chuva vou voltar a sonhar
Com minha alma lavada abrirei as comportas
Do amor vivido entre as portas
Vamos rir e brincar, pra começar - o amor vai voltar
Quem esta na chuva esta pra se molhar
Porque o amor não acabou
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